Dia da chegada - 14 de agosto de 2018
Chegamos ao aeroporto de Ponta Delgada, deslocamo-nos à agência para levantar o carro que já estava reservado, que aconselho, porque os locais mais paradisíacos não têm acesso a não ser de carro e fomos ao encontro da nossa estadia em S. Vicente de Ferreira, O empreendimento StoneWood Lodge AL onde tivemos o grato prazer de estar à conversa com o Sr. João, que gentilmente nos ofereceu um mapa da ilha e nos deu todas as indicações sobre restaurantes, pontos turísticos, trilhos pedestres, praias, etc. para usufruir nos 4 dias que íamos desfrutar.
4 dias não chegou, ficou a promessa de voltar para visitar fundamentadamente as Cascatas do Nordeste da ilha, que não tivemos tempo.
Para terminar a interessante conversa cheia de sabedoria acerca dos costumes e das gentes açorianas, vem o conselho: "Pronto, agora os senhores vão aqui ao restaurante ao lado jantar, que é típico cá da terra, não é caro e vão ficar satisfeitos".
E fomos!
Qual o nosso espanto quando lá chegamos e fomos tão bem recebidos de uma forma tão hospitaleira! "Vocês sirvam-se, que é tudo por conta da casa!!!!" AH???? Sim, sim, hoje estamos de parabéns e a festa é para durar.
Meus amigos, nunca jantei em restaurante nenhum sem pagar e à descrição, com tudo a que tivemos direito, musica ao vivo, animação e a boa disposição dos açorianos que saltam de restaurante em restaurante em dias de aniversário, porque não PAGAM NADA!! ADOREI esta iniciativa.
Saímos bem cedo para aproveitar o dia ao máximo, com destino ao Miradouro das Pedras Negras, pela proximidade da nossa casa e com a finalidade de ver a "Tromba de Elefante"
No Restaurante "O Américo", onde a especialidade é o polvo assado ou guisado.
Já repostos fomos à Praia dos Mosteiros, onde não perdoamos um mergulho, de seguida à Ponta da Ferraria e ainda deu tempo para visitar a Lagoa do Canário.
As cores intensas no meio do negro vulcânico da areia contrastando com as diferentes tonalidades do azul do mar, dão um toque diferente à Praia dos Mosteiros, com boas infraestruturas de apoio.
Aliás devo confessar que fiquei muito bem impressionada com as infraestruturas de apoio de todas as praias que visitei, o que não acontece nas praias do Continente.
Mesmo ali ao lado a Ponta da Ferraria fazia parte do meu roteiro, a água quente vulcânica em pleno oceano atlântico era mesmo "ver para crer" e na verdade a água estava com 34º. graus.
A Ferraria é um local onde a água quente, aquecida por vapores vulcânicos, se mistura com a água fria do mar, numa enseada que forma uma pequena piscina natural.
Em pleno agosto, havia num espaço tão pequeno centenas de pessoas, sentadas e deitadas nos godos, porque areia não havia, mas lá estavam os nadadores salvadores (2) a tomar conta dum minúsculo espaço de água.
Terminamos o dia com a visita à Lagoa do Canário, entramos por um portão que dá acesso ao Parque Florestal da Mata do Canário e estivemos mesmo ali junto à água.
2º. dia - 16 de agosto de 2018
A plantação de Chá Gorreana encontra-se na Maia, no Concelho da Ribeira Grande, produz aproximadamente 33 toneladas de chá por ano, nas opções preto e verde.
O clima húmido e o solo argiloso da região favorecem o cultivo da planta que dá origem ao chá, a Camellia Sinensis.
Uma visita obrigatória que desde 1883, esta fábrica trabalha sem parar e sempre a crescer.
Dentro do edifício tem toda a maquinaria necessária para a secagem e seleção do chá exposta ao público. Os chás produzidos são ecológicos, livres de pesticidas e herbicidas.
É um verdadeiro espaço museológico, com inúmeras peças, expostas em montras, que revelam também a história do chá.
No final da visita podemos ver as folhas secas a passarem pelas mãos das trabalhadoras, para uma seleção ainda mais exaustiva. |
Local da prova gratuita |
No final da visita às instalações aproveitamos para fazer uma pequena caminhada de 1.770 mts denominada "Trilho do caminho de água Gorreana".
Dada por terminada esta visita, fomos em direção das Furnas.
Fizemos uma paragem para marcar o almoço no Restaurante "Tony's" e rumo às fumarolas para ver o nosso cozido a ser retirado da terra quente. São necessárias duas pessoas para retirar a panela que guarda esta iguaria, envolta em panos. Debaixo da terra e sobre o calor geotérmico dos vulcões, o cozido demora cerca de cinco a seis horas a cozinhar lentamente com o vapor.
Mesmo ao lado das Caldeiras está a Lagoa das Furnas rodeada de fauna e vegetação e uma paisagem única.
Nas Furnas, uma freguesia do concelho de Povoação, observamos um conjunto de Caldeiras fumegando com as águas em grande ebulição. A cor laranja significa que têm uma grande quantidade de ferro.
Experimentei a água desta fonte e aviso: Além de
ser quente É MUITO AZEDA! HORRÍVEL!
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Terminamos o nosso dia no "Parque Terra Nostra"
Maravilhoso!
Um grande jardim botânico com uma enorme variedade de plantas, árvores e flores, além de contar com lagos, riachos e uma piscina de origem vulcânica.
3º. dia - 17 de agosto de 2018
A manhã foi passada no centro de Ponta Delgada e não perdemos a visita à plantação de ananases, ao ex-líbris da cidade de Ponta Delgada o monumento das Portas da Cidade, na Praça de Gonçalo Velho, a Igreja Matriz de S. Sebastião, o passeio marítimo, o caís Portas do Mar e terminamos com uma caldeirada no Restaurante "Mercado do Peixe", que aconselho.
A tarde foi praticamente toda dedicada ao percurso pedestre de 7,5 km à cascata do Salto do Cabrito. Este é um lugar que merece fazer parte do seu roteiro durante a estadia na ilha de São Miguel.
Está localizada no concelho de Ribeira Grande e é uma cascata belíssima. O Trilho do Salto do Cabrito tem início e fim nas proximidades das Caldeiras da Ribeira Grande. O trilho é feito por um caminho de terra batida e cercado por muita natureza. Ao longo do caminho passará pela Fajã do Redondo, por várias caldeiras e por uma natureza selvagem e muito preservada.
Terminamos a tarde com a visita à Lindíssima Lagoa do Fogo!
4º. dia - 18 de agosto de 2018
O dia começou bem cedo rumo à Costa Norte e Oeste da Ilha de S. Miguel:
Praia das Calhetas;
Vila de Rabo de Peixe, uma das principais comunidades piscatórias açorianas;
Praia de Santa Bárbara que está localizada no bairro do Bandejo, na freguesia de Ribeira Seca. O Areal é uma das praias mais extensas da região, possuindo cerca de um quilómetro de extensão, possui uma boa infraestrutura de lazer e é muito utilizada para a prática de diversos desportos como o surf e Bodyboard.
No areal encontram-se várias construções de casamatas (instalações fortificadas fechadas à prova dos projéteis inimigos) da Segunda Guerra Mundial. Em 1942 foram construídas para abrigar baterias de artilharia de costa da Segunda Guerra Mundial. Grande parte das construções a oeste foram destruídas pela erosão marítima, já as construídas a leste ainda se mantêm, porém algumas em ruínas e com pouca preservação.
Ribeira Grande - Vila e sede de um dos Concelhos mais importante dos Açores. A origem do nome está relacionada com uma ribeira de grande caudal que atravessa a cidade de Ribeira Grande a meio.
Miradouro de Santa Iria - Paragem para desfrutar a paisagem
Ainda conseguimos fazer mais um trilho, uma das nossas paixões.
Rumo ao Nordeste iniciamos na Zona balnear da Foz das Coelhas com destino à queda de água do "Salto da Farinha" e "Poço Azul".
Um trilho nem sempre fácil, numa extensão de 5 km subimos, descemos, passamos por densa vegetação e no destino tivemos uma grande desilusão porque não havia água suficiente para ver a magnifica queda como a imagem abaixo que retirei do site https://byacores.com/nordeste/
Continuamos em direcção ao Poço Azul
O Poço é bastante pequeno, mas nem por isso menos impressionante.
A sua água cristalina e com um tom azulado não deixa ninguém indiferente à sua beleza natural.
Foto retirada do site https://ilhoa.pt/2019/06/04/trilho-do-poco-azul-na-ilha-de-sao-miguel/
O dia finalizou com um Jantar de despedida no Restaurante "Cais 20".
Desfrutamos 4 maravilhosos dias, com a esperança de poder voltar.